terça-feira, 9 de setembro de 2014
Tocando em frente - Da série: Nem todo amor tem final feliz
Eram,m três da madrugada quando seu telefone tocou. Era ela:
-Alô Fernanda, tudo bem?
-Não Marcos, não tem nada bem, eu preciso de você aqui comigo.
Mais uma vez o rapaz largou tudo e foi encontrar com a moça. Desta vez ela estava em um motel. Havia brigado com o namorado e ele a largou lá sozinha.
-Que bom que você veio meu amigo! Não sei o que seria de mim sem você.
-Vai ficar tudo bem agora, vamos.
Após muito conversarem, ele a deixou na casa dos pais e foi embora. Quando chegou em casa viu que já era hora de ir trabalhar.
No ônibus, a caminho para o trabalho, ele pensava nos últimos acontecimentos. Não podia continuar assim. Será que ela não percebia o quanto ele é apaixonado e tudo o que fazia por ela?
-Isso vai mudar e vai ser hoje! - Pensa Marcos consigo mesmo – Ele estava decidido em falar tudo para a garota. Não aguentava mais aquela situação de só ser amigo. Todos já tinha percebido que ele nutre muito mais que que um carinho de amigo por Fernanda. Só ela que não.
Ao final do serviço Marcos não pensou duas vezes e foi direto para a casa de Fernanda. Ele queria acabar com essa agonia o mais rápido possível e o fato de ela ter brigado com o namorado aquela noite era “um porto” a seu favor.
Chegando na casa da garota, ele se espanta ao ver a garota sorrindo como se nada tivesse acontecido, mas ao mesmo tempo ele não conseguia descrever o quanto aquele sorriso fazia dele o homem mais feliz do mundo.
-Fernanda, passei aqui porque tenho um assunto pra conversar com você.
-Eu também tenho uma ótima notícia par contar.
-Então pode falar você primeiro, porque o meu assunto é longo e um pouco serio.
-Tá bom! Olha! - A garota fez questão de mostrar a aliança nos eu dedo anelar da mão direita..
-O que é isso? - O rapaz sem entender nada.
-O Felipe me pediu em casamento e eu aceitei. Vamos nos casar no final do ano e quero que você seja meu padrinho de casamento.
O mundo do rapaz desabou completamente diante dos seus olhos. Aquelas palavras cortavam o seu peito como uma navalha enferrujada, mas ele tinha que aparentar força e não deixar transparecer a sua decepção.
-Tem certeza que depois de ontem, é isso mesmo que você quer Fernanda?
-Claro que é, aquilo de ontem foi um mal entendido e eu nunca estive tão feliz na minha vida. Agora me diz, o que você queria conversar comigo?
-Não é nada de mais não.
-Como não?! Você falou que era um assunto serio e demorado.
-É que... é que... eu preciso ir embora agora tiau. - O rapaz não sabia nem o que dize, a única coisa que vinha a sua cabeça era sair correndo para o mais longe possível.
Fernanda ligou para ele o restante do dia todo, mas ele não atendeu.
No dia seguinte o jovem rapaz, ainda com 25 anos, com os olhos inchados por mais uma noite não ter conseguido dormi, pensando em tudo que aconteceu e em como sua vida tem se estacionado diante dos planos que traçou pra ele próprio. Levantou e após tomar o café foi para o trabalho, chegando lá se dirigiu imediatamente para a sala do patrão. Ele havia oferecido ao rapaz um emprego em outro estado e diante das circunstancias ele resolveu aceitar e buscar um “algo a mais” pra sua vida.
Passada uma semana uma semana Marcos já estava morando na capital de Minas Gerais. Ele foi embora e não deu noticias a Fernanda. Ele decidiu abrir mão de tudo que pudesse fazer sofrer e foi atrás de novos rumos para a sua vida. Trocou o celular e não mais procurou saber da garota.
Hoje, cinco anos depois, ele está casado e tem uma filha chamada Maria Clara, mas nunca esqueceu aquela jovem que ele tanto ama. Ele buscou seguir sua vida sem ela, mas seu coração permaneceu naquele portão, sangrando, onde ela matou as ultimas esperanças de um futuro entre os dois.
Fim...
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Sonho Incerto
Hoje sonhei comigo mesmo. A muito tempo não me via tão feliz como me vi neste sonho. Sei lá! Parecia que nada me importava e nem me incomodava. Eu só me importava em curtir aquele momento e as pessoas que estavam comigo ali. Pessoas essa que a muito não vejo e outras que com certeza não as verei mais.
Me deu saudade daquele “velho eu”! Um tempo em que as influencias do mundo ainda não me dominavam e as atitudes das pessoas não me influenciavam na minha forma de sentir as coisas.
Eu acordei e fiquei pensando e junto aos pensamentos veio os questionamentos: aonde foi que tudo isso mudo? Em que momento eu parei de conseguir sorrir de verdade para a vida? Quando foi que o medo e a insegurança começaram a ditar as regras das minhas atitudes e escolhas? Confesso que não achei as respostas.
Me deu vontade de voltar para aquele sonho! Ali eu parecia não ser eu. O meu olhar não tinha um pedido de socorro estampado pra quem soubesse ler nas entrelinhas. Não sei como fiquei neste estado em que me encontro hoje.
Eu queria me erguer, ter forças pra caminhar por mim mesmo, de não deixar as palavras e atitudes dos outros me afetarem tanto assim, queria não sentir tanto medo da solidão igual estou sentindo agora (até porque ela está sempre comigo).
Não é que eu queira me passar por um “pobre coitado” nem que outras pessoas tenham pena de mim. Eu só queria voltar a ser aquele jovem cheio de sonhos e esperanças. Só queria ter um pouco mais de perspectivas quanto a mim e a vida.
De certa forma esse sonho me mostrou onde encontrar o que muito procurava e não sabia onde achar: as respostas para as minhas perguntas: estão todas comigo mesmo.
Espero chegar um dia, em um novo sonho quem sabe, e perceber que esse “eu” de hoje ficou para trás e que consegui ser tudo aquilo que busquei, que o meu sorriso permaneceu sincero mesmo depois de tantas decepções e que a solidão já não estará tão colada assim...
Eu vou tentando mudar...
Vou tentando me erguer...
Me deu saudade daquele “velho eu”! Um tempo em que as influencias do mundo ainda não me dominavam e as atitudes das pessoas não me influenciavam na minha forma de sentir as coisas.
Eu acordei e fiquei pensando e junto aos pensamentos veio os questionamentos: aonde foi que tudo isso mudo? Em que momento eu parei de conseguir sorrir de verdade para a vida? Quando foi que o medo e a insegurança começaram a ditar as regras das minhas atitudes e escolhas? Confesso que não achei as respostas.
Me deu vontade de voltar para aquele sonho! Ali eu parecia não ser eu. O meu olhar não tinha um pedido de socorro estampado pra quem soubesse ler nas entrelinhas. Não sei como fiquei neste estado em que me encontro hoje.
Eu queria me erguer, ter forças pra caminhar por mim mesmo, de não deixar as palavras e atitudes dos outros me afetarem tanto assim, queria não sentir tanto medo da solidão igual estou sentindo agora (até porque ela está sempre comigo).
Não é que eu queira me passar por um “pobre coitado” nem que outras pessoas tenham pena de mim. Eu só queria voltar a ser aquele jovem cheio de sonhos e esperanças. Só queria ter um pouco mais de perspectivas quanto a mim e a vida.
De certa forma esse sonho me mostrou onde encontrar o que muito procurava e não sabia onde achar: as respostas para as minhas perguntas: estão todas comigo mesmo.
Espero chegar um dia, em um novo sonho quem sabe, e perceber que esse “eu” de hoje ficou para trás e que consegui ser tudo aquilo que busquei, que o meu sorriso permaneceu sincero mesmo depois de tantas decepções e que a solidão já não estará tão colada assim...
Eu vou tentando mudar...
Vou tentando me erguer...
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